Texto feito para a Coluna SUPCULTURE da Revista Parafina (www.revistaparafina.com.br)
Para iniciar o esporte dos Reis Havaianos basta o que? Vontade? Prancha? Remo? Equilíbrio?
Neste artigo faço uma explanação em tópicos que irão ajudar a entender e compreender o Stand Up Paddle ou como dizem nossos amigos havaianos – Ku Hoe He’e Nalu!
Como posso começar?
Procure na internet informação sobre o esporte, no youtube existem muitos vídeos de como ficar em pé, remar, cair, pegar onda…
Veja filmes de SUP, revistas sobre o assunto, porém o mais importante é entrar em contato com um especialista ou um representante local, a sua curva de aprendizado é extremamente rápida e você não corre risco de machucar seu bolso nem você.
Qual a melhor prancha para um iniciante?
É aquela que você se sinta mais a vontade. Em outras palavras procure estabilidade e flutuação, para quem quer iniciar, as melhores “Paddle Boards” (para 60 – 110 kg), são as conhecidas como “pranchas hibridas”, estas possuem muita flutuação e tem um tamanho razoável entre 10’ (3,05m) e 11’ (3,35m), são bem largas, variando entre 28” (71,12 cm) – 30” (76,20 cm) que dispõem ao usuário muita estabilidade.
A litragem é importante, pois representa a flutuação, você verá pelas bordas que são bem grossas, procure sempre acima do seu peso. Com uma prancha deste porte, o iniciante pode passear muito para apurar o equilíbrio e também para começar a pegar ondas pequenas sem se preocupar em trocá-las tão cedo ou talvez nunca.
Não ache que você só terá uma prancha, é ilusão, sua evolução caberá na troca de equipamentos e adaptações para diversos tipos de mares.
Como se faz os Paddle Boards?
Os Paddles Boards, nome dado às pranchas de Standup, são feitos da mesma forma de uma prancha de surf pequena, porém seguem outra engenharia, isso devido sua construção ser regida pela lei da Hidrodinâmica (*) e Hidrostática (**),o seu tamanho e a forma de utilização do equipamento, faz com que possua alterações em seu design, que não vemos nas pranchas de surf tradicionais.
Os modernos insumos de fabricação, aliado aos sofisticados processos de manufatura da indústria, fazem das pranchas de SUP, verdadeiras obras da tecnologia moderna náutica.
A maioria das “Paddle Boards” são feitas em Epóxi, que é uma resina plástica derivada do petróleo, mais flexível e mais resistente que a resina de poliéster (tradicional de fabricação de prancha de surf), é utilizada EPS (Isopor) como bloco de sustentação, para uma flutuação acima do padrão.
O processo é variado em diversas camadas de Epóxi, atrelados as mantas de fibra de vidro, carbono e até madeira. Há também, pranchas que fazem uso de molde com PVC e da fibra de Kevlar para criar mais resistência a impactos, pressão e infiltração.
Por fim, muitas são pintadas com tinta PU (Tinta de Carro), por questões de estética e também para impedir o amarelamento (cura) natural de todas as resinas e evitando de vez, qualquer tipo de infiltração. Este novo “modus operante” hoje é utilizado em pranchas de surf tradicionais, como forma de inovação e de novo paradigma.
(*) A hidrodinâmica é uma parte da mecânica dos fluidos que estuda o escoamento dos fluidos. Estuda os fluidos sujeitos a forças externas que induzam movimento. Uma vez que os fluidos não apresentam resistência quando submetidos a forças de cisalhamento, a ação de forças externas, sejam forças de contato ou forças gravitacionais, induz movimento sobre fluidos ou parte de fluidos não contidos por recipientes (como a superfície dos oceanos e rios).
Fonte: Wikipédia
(**) A hidrostática, também chamada fluidostática (hidrostática refere-se a água, que foi o primeiro fluido a ser estudado, assim por razões históricas mantém-se o nome) é a parte da física que estuda as forças exercidas por e sobre fluidos em repouso.
Fonte: Wikipédia
Mahalo!
Flávio Ramalho
